Quatro estudantes do Grupo de Estudos sobre Abelhas, do Colégio UNIFEBE, participaram de uma série de visitas voltadas ao tema pela capital. Em Florianópolis, eles puderam conhecer a Cidade das Abelhas e o Laboratório das Abelhas do Centro de Ciências Biológicas, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina. Outro destino do roteiro foi o Meliponário do Jardim Botânico de Florianópolis.
Acompanhados da professora Simone Sobiecziak e da bióloga Márcia Regina Faita, Ayana Nicole Mayer, Camila Stoffella, Iago Nolli e Inaê Reddiga, conheceram sobre a operação dos espaços, sobre as técnicas de manejo e características dos insetos. Diferenças quanto aos tipos de abelhas, formatos de ninhos, tipos de colmeias e variedades de abelhas-sem-ferrão, assim como características de alimentação e detalhes sobre cada espécie foram apresentados durante o roteiro.
A estudante Inaê afirma que a visita feita aos espaços, como ao Laboratório das Abelhas, foi marcante, não somente pelo conhecimento adquirido, mas pelo contato com a pesquisadora e professora Josefina Steiner, especialista no tema. Ela destaca a experiência e nível de detalhes proporcionados pela visita.
“A sua paixão e dedicação ao estudo das abelhas foram inspiradoras. A interação com uma profissional que dedicou a sua vida a esse campo do conhecimento trouxe uma profundidade ímpar ao nosso aprendizado. Pudemos fazer perguntas, ouvir histórias e absorver a sabedoria acumulada ao longo de anos de pesquisa”, relata. “Ela tinha pilhas de caixas etológicas com abelhas, e ela nos ensinou muito sobre o ciclo de vida, a organização social, os diferentes tipos de abelhas e as características particulares de cada um, como as abelhas constroem os seus ninhos”, detalha.
Nova perspectiva
As visitas reforçam os investimentos feitos pela UNIFEBE voltados ao tema, como a construção de um meliponário voltado às abelhas-sem-ferrão, além de complementar a pesquisa iniciada pelos estudantes. Para a professora Simone Sobiecziak, a oportunidade proporcionou uma nova perspectiva sobre os insetos e contribuiu para dar maior compreensão sobre a importância das abelhas para o ecossistema, conscientização sobre o seu papel na polinização e na manutenção da biodiversidade.
“É emocionante ver como esse projeto, que começou com uma ideia simples de duas alunas, está se expandindo e se tornando um pilar fundamental da educação ambiental na UNIFEBE e no Colégio UNIFEBE. A visita à Cidade das Abelhas foi um passo significativo nessa jornada”, descreve.
Segundo a diretora interina do Colégio UNIFEBE e coordenadora Pedagógica, Natália Inês Ribeiro Gums, a visita é uma oportunidade importante de aproximar os estudantes de especialistas no tema e ampliar a promoção do conhecimento envolvido.
“O Colégio UNIFEBE tem direcionado esforços para unir o ensino e a pesquisa em prol de melhorias na comunidade. Nesse sentido, essa experiência foi muito importante pelo contato dos alunos bolsistas com pesquisadores experts na área, contribuindo para o conhecimento deles nessa área. Outro motivo é o aprendizado da instituição para a construção e manutenção do meliponário, projeto que será de uso de toda a comunidade”, indica.
Meliponário
Em processo de implantação de um meliponário de cerca de 20 metros quadrados entre os blocos A e B, a UNIFEBE tem a educação ambiental tanto para estudantes do Colégio, quanto para os acadêmicos da instituição no horizonte. A iniciativa foi inspirada no projeto voltado às abelhas-sem-ferrão, desenvolvido no Colégio.
Para a presidente da FEBE, professora Rosemari Glatz, além do fator ambiental, o meliponário também terá contribuições na produção de conhecimento científico, servindo como laboratório e case para estudos. “Esta estrutura vai nos permitir conhecer mais e incentivar pesquisadores de diferentes níveis de ensino a conhecer sobre as espécies mantidas, seus efeitos no ecossistema local e sua preservação”, descreve. “A possibilidade desses estudantes conhecerem estruturas já consolidadas voltadas à preservação e estudos sobre o ecossistema do entorno das abelhas é uma oportunidade de ampliar a troca de experiências e conhecimento acerca desses organismos tão importantes”, afirma.