No início do ano letivo, o Colégio UNIFEBE firmou uma parceria com a equipe do Nave à Vela, iniciativa que busca se aproximar de instituições de ensino com o objetivo de construir uma educação mais significativa, promovendo um processo de ensino-aprendizagem cada vez mais inovador.
O resultado da parceria foi a implementação da “Cultura Maker” no colégio. O método tem como ponto de partida a construção de uma cultura de inovação em que o aluno é o explorador e construtor do próprio mundo. A Cultura Maker é baseada em um aprendizado mais significativo, em que os conteúdos curriculares são abordados de forma exploratória e instigante, além do estímulo de habilidades que permitem ao aluno construir e reinventar o mundo ao seu redor. Também são trabalhadas competências socioemocionais, preparando os jovens para um mundo em constante mudança, estimulando sua autonomia, empatia e colaboração.
Na instituição, as aulas de Cultura Maker são lecionadas duas vezes por semana, pelo professor Heitor Paloschi, no 6º, 8º e 9º ano, e pela professora Jessica Leme Cano, no 7º. Durante as aulas, habilidades como criatividade, inovação e resolução de problemas cotidianos são desenvolvidas nos estudantes.
Exemplo disso foi uma das atividades realizadas pela professora Jessica, quando foram construídas catapultas seguindo um roteiro de mão na massa guiado, onde cada grupo elaborou um modelo com materiais como palito de sorvete, cola quente, elástico e grampo de roupa. Ao final da construção, realizaram testes e uma pequena competição de que bolinha seria lançada mais longe. Como as catapultas eram de modelos diferentes, o alcance dependia, além do lançamento, da forma como foi construída a catapulta, ângulo e amarração do elástico. Para realizar uma competição mais justa, todas as equipes montaram novas catapultas, dessa vez utilizando a mesma técnica e modelo, e então competiram buscando o maior alcance possível. Cada grupo pôde lançar a bolinha três vezes, e as distâncias foram somadas. A equipe com a maior soma nas distâncias venceu a competição.
“A construção das catapultas tem como objetivo estimular o trabalho colaborativo, com os estudantes construindo, testando, tomando decisões e resolvendo problemas juntos e ao final utilizam o produto para lançamento, visando sempre o protagonismo estudantil. Isso torna as aulas estimulantes e aumenta o engajamento dos estudantes”, comenta a professora Jessica.
A aluna Luiza Fantini acredita que a parte mais atrativa foi o trabalho em equipe. “Tivemos que nos ajudar uns aos outros para conseguir alcançar o objetivo e essa união foi muito importante para que a gente vencesse o desafio”, opina a jovem integrante do grupo que terminou o desafio no lugar mais alto do pódio.
Já o professor Heitor desenvolveu uma atividade com o 9º ano, cujo tema principal era “À procura de um outro estilo”, quando foram abordados temas como consumo, necessidade e custo, levando os alunos a reflexões do tipo “Necessito, logo compro? Ou compro, logo necessito?”. Os alunos foram desafiados a fazer que um produto de fácil descarte tivesse a mesma função, mas com um tempo de vida útil estendido. Com os produtos prontos, verificaram se alguém compraria ou investiria em uma empresa que comercializasse o material.
De acordo com o docente, a atividade trabalhou a construção colaborativa, a curiosidade artístico-científica e o pensamento complexo, de modo a desenvolver e sustentar. “Os estudantes relatam que aulas dessa forma fazem com que o conhecimento seja adquirido de forma diferenciada, gerando curiosidade e interesse por parte deles”, analisa.