O número de pessoas que vivem com depressão aumenta drasticamente em todo o mundo, e a doença já afeta 4,4% da população mundial, segundo dados da Organização mundial da Saúde (OMS). O Brasil é o segundo país com maior número de depressivos nas Américas, com 5,8% da população diagnosticada, ficando atrás somente dos Estados Unidos, com 5,9%.
Dados do Ministério da Saúde (2019) apontam um aumento de 115% totais no número de atendimentos de jovens de 15 a 29 anos, no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionados à depressão, entre 2015 e 2018. Um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins em 2016, mostrou que a depressão entre adolescentes cresceu 37% entre os anos de 2005 e 2014. Segundo as análises coletadas pelos pesquisadores, os dados permaneceram praticamente estáveis até 2011, mas tiveram um aumento significativo entre 2011 e 2014.
Ciente desse problema, o acadêmico de Psicologia Marlon Diettrich, orientado pela professora Luzia de Miranda Meurer, psicóloga do Colégio UNIFEBE, realizou uma palestra com os alunos da instituição, com o objetivo de elucidar a depressão na adolescência e mostrar como a doença pode ser esclarecida e dialogada com adolescentes do Ensino Médio. Também foi realizada uma pesquisa com os estudantes. Os dados foram levantados e utilizados em uma conversa dinâmica com diálogo aberto entre as turmas. “Por meio desse trabalho, é possível notar o impacto e a vulnerabilidade estabelecidos nos jovens nessa fase da vida. Algumas questões referentes à saúde mental, como a baixa autoestima, oscilações de humor, ansiedade, insegurança, questões que envolvem as relações familiares conturbadas, problemas com amizades e socialização, pressão nos estudos e carreira são queixas muito presentes e são situações a serem observadas com cuidado”, alerta a professora Luzia.
Heloísa Wehmuth, aluna do 1º ano, destaca a importância da atividade, sobretudo por ser um tema pouco abordado no ambiente escolar. “A conversa foi enriquecedora para todos nós. A adolescência é um período difícil, com várias situações novas e desafiadoras. Manter uma boa saúde mental é essencial a fim de passar por esse período da melhor forma possível”, opina a estudante.