Mas vamos por partes
Na Roma Antiga, o calendário se baseava nas fases da lua para contar os dias. Com a ideia de alinhar o calendário ao ano solar, o imperador Júlio César pediu ao astrônomo Sosígenes que reformulasse o calendário para um sistema mais preciso. Esse novo formato foi chamado de calendário juliano e tinha 365 dias, divididos em 12 meses, com 30 e 31 dias.
Para compensar as seis horas que ficam de fora todos os anos, acrescentou-se um dia a cada quatro anos. O dia extra é a soma das seis horas que sobram todos os anos durante quatro anos, totalizando 24h.
Já o nome do fenômeno, “ano bissexto”, surgiu por outra razão. Fevereiro, no calendário juliano, era o último mês do ano. Decidiu-se que o dia extra deveria ser acrescentado no sexto dia antes das calendas (1º dia do ano), ou seja, 1º de março. Havia uma frase que nomeava e ao mesmo tempo explicava a regra: “ante diem bis sextum Kalendas Martias”, que quer dizer “o sexto dia antes das calendas de março”.
Por ser longa, a frase foi reduzida a “bis sextus” e, hoje, bissexto. Apesar de fevereiro não ser mais o último mês do ano, o dia extra ainda é acrescentado no mês de fevereiro.