Dois projetos desenvolvidos por estudantes do Ensino Médio do Colégio UNIFEBE foram reconhecidos durante a edição 2023 da Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic), ocorrida em Pomerode. Com Armazenamento em DNA sintético: A vanguarda da tecnologia de armazenamento de dados digitais, o Colégio conquistou o 1º lugar geral da categoria Ciências Exatas e da Terra, enquanto o trabalho Paradoxo de Fermi ao Sinal Wow: Uma hipótese para uma das maiores problemáticas da astrobiologia moderna foi reconhecido como melhor projeto de escola particular.
Os resultados também credenciam os estudantes à participação em outros eventos do gênero. O trabalho de Guilherme Bortolotto Hanzen, Leonardo Luís Torresani e Ranieri Züge Souza, com o Paradoxo de Fermi ao Sinal Wow, foi habilitado para a Feira da Iniciação Científica no Pontal do Triângulo Mineiro (FICP). Já o de Caio Onofre Riegert e Gustavo Osovski, Armazenamento em DNA Sintético cumpre os requisitos para a Feria Internacional de Innovación, Ciencia y Tecnología (Feincyt), organizada no México.
Na avaliação da professora Simone Sobiecziak, o processo de elaboração dos trabalhos foi o que permitiu aos estudantes e equipe ampliar o conhecimento e experiência de sala de aula, assim como perceber a inter-relação entre as diferentes áreas do conhecimento. Segundo ela, como primeira participação na Febic, já foi possível proporcionar a rotina de pesquisadores, como o desenvolvimento, produção de referencial teórico, banners e apresentação.
“Foram dias de muito trabalho e exaustão, mas que renderam resultados maravilhosos. Todos os alunos, sem exceção, viveram uma experiência que será inesquecível e que agregou muita experiência, aprendizado e enriquecimento intelectual e cultural”, descreve.
Iniciação científica como foco
A participação na Febic foi a primeira do Colégio UNIFEBE e a possibilidade de ter oito trabalhos aceitos, cinco participando, entre eles, dois premiados é motivo de orgulho para o diretor, professor Leonardo Ristow. Ele destaca o reflexo na educação gerado pela aproximação entre temas que interessam o estudante e os conceitos trabalhados com qualidade ao longo do ano. “A aprendizagem se torna mais significativa quando os alunos investigam aquilo que eles têm interesse e se dedicam mais, pesquisam mais, logo, apreendem mais”, descreve.
Para o diretor, a participação e o reconhecimento demonstram empenho e trabalho de professores e alunos ao longo do ano e o foco dado à iniciação científica. Ele projeta uma ampliação da atenção dada a eventos semelhantes e a possibilidade de inclusão de outros anos nas próximas edições.
Pesquisa e dedicação
Inspirados por uma publicação em uma rede social, Caio e Gustavo, ressaltam a alta demanda de leitura e escrita que o trabalho exigiu. Para os colegas, os reconhecimentos obtidos e o credenciamento para a feira mexicana de estímulo para seguir aprofundando a pesquisa.
Questionado sobre a que atribui o desempenho do grupo, Gustavo relembra o processo de pesquisa sobre o tema. “As noites lendo artigos, nos permitindo criar um referencial teórico extremamente abrangente e completo”, indica. Segundo ele, a experiência, além do conhecimento sobre o tema, trouxe benefícios como a melhoria na habilidade de transmissão de informações obtidas em artigos complexos e em outros idiomas para uma forma acessível.
Na avaliação do estudante Ranieri, as consultorias e orientações somados ao trabalho diário dos professores foram diferenciais para o resultado atingido pelo grupo. Segundo ele, a participação na Febic gerou uma experiência que os integrantes vão levar para a vida e deve auxiliar em uma futura graduação.
De acordo com ele, a tendência é que a pesquisa seja aprofundada devido ao credenciamento para o evento em Minas Gerais e contatos recebidos durante o desenvolvimento do trabalho. “A experiência de participar da Febic foi incrível e desafiadora, foi um prazer e orgulho ganhar destaque como o melhor projeto do Brasil de escolas particulares. Acredito que tivemos um desempenho vitorioso devido à extensa pesquisa e na nossa metodologia aplicada. Uma hipótese sem fundamento não tem credibilidade”, afirma.