Focado na redução do uso de plásticos para a produção de plásticos e embalagens descartáveis utilizando a casca da de palmeira, o projeto desenvolvido por estudantes do Colégio UNIFEBE foi apresentado durante a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace). Ele esteve entre os 300 finalistas da 23.ª edição da programação, que foi sediada na Universidade do Estado de São Paulo (USP).
Desenvolvida pelas estudantes Camila Vitória Stofela, Isadora Loffhagen, Julia Meus Vicentini, sob orientação dos professores Simone Sobiecziak e Heitor Paloschi, a iniciativa aproveita recursos como a casca da palmeira e a cera de carnaúba, como impermeabilizante. Ela foi um dos 10 trabalhos catarinenses classificados para a final da programação, que reuniu projetos das ciências exatas e da terra, biológicas, da saúde, agrárias, sociais e humanas, assim como de engenharia.
A participação é ressaltada pela presidente da Fundação Educacional de Brusque – FEBE, professora Rosemari Glatz, que destaca a importância de ter o Colégio UNIFEBE entre os finalistas. “Estamos orgulhosos de ver o nome da instituição ser conhecido por sua qualidade na produção de conhecimento científico e oportunizar essa experiência para nossos estudantes e a interação com projetos tão qualificados”, afirma.
Destacando o pioneirismo das estudantes na participação, o diretor do Colégio UNIFEBE, professor Leonardo Ristow, reforça o alto nível técnico da programação e a possibilidade de interação com pesquisadores de diferentes regiões do país.
“Um evento de altíssimo nível de projetos, envolvendo gente do Brasil inteiro”, descreve. Segundo o diretor, a tendência é que o empenho das estudantes acabe inspirando potenciais futuros participantes do projeto. “Elas mostraram ser possível participar de eventos de grande porte, cada vez mais importantes, quando há uma dedicação, quando há um entusiasmo, quando há esse engajamento, porque elas tiveram que estudar, se preparar muito além do que a escola pede. Então, elas tiveram que se dedicar muito tempo”, afirma.
Pioneirismo
A professora Simone Sobiecziak descreve a Febrace como um espaço rico para troca de experiências entre professores, alunos e cientistas. “Foi uma semana intensa, com muito aprendizado de pesquisa científica, vivências pessoais e acadêmicas memoráveis para as alunas e para mim. Quando chegamos à Febrace, sentimo-nos pequenas diante da grandeza do evento e da excelência dos trabalhos apresentados, mas ampliamos nossos horizontes e aproveitamos todos os momentos para extrair o máximo de conhecimento que conseguimos”, descreve.
Na avaliação da estudante Isadora Loffhagen, a participação na feira foi uma experiência transformadora. “Tivemos a oportunidade de conhecer pessoas de todos os lugares do Brasil e projetos incríveis e inovadores. Foi uma troca muito rica e uma semana de muito aprendizado”, indica. “Voltamos com a mente mais aberta e com uma bagagem cheia de experiências e histórias para contar. Ter vivido tudo isso foi enriquecedor”.