Um trabalho recente, com 29 pesquisas e publicado no respeitado periódico científico estadunidense JAMA Pediatrics, concluiu que os sintomas de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes dobraram após o início da pandemia. Foram reunidos dados de mais de 80 mil jovens com 18 anos ou menos de diversos países. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou que o Brasil é o país que apresenta o maior índice de pessoas com ansiedade quando comparado a outras nações. São 18,6 milhões de indivíduos, ou seja, 9,3% da população brasileira apresenta essa demanda.
Diante da relevância do tema, a professora Luzia de Miranda Meurer, psicóloga do Colégio UNIFEBE, em parceria com a também psicóloga Patrícia Zogbi, desenvolveu o projeto “Ansiedade Não é um Bicho de Sete Cabeças”, que objetiva promover a psicoeducação sobre a ansiedade com os estudantes da instituição. Foram realizados encontros com todas as turmas, durante os quais os alunos aprenderam a identificar os sintomas e planejar estratégias para lidar com o estado emocional.
De acordo com a professora Luzia, a ansiedade é um problema cada vez mais frequente no país e pode afetar os jovens de diferentes maneiras. “É nessa fase da vida que eles constroem sua identidade. Esses momentos auxiliarão os alunos, pois eles vão aprender a enfrentar esse problema e lidar com ele de forma consciente e funcional”, afirma a psicóloga do colégio.
O aluno Lucas Batschauer, do 1º ano, elogia a iniciativa. “Acho muito importante que o colégio aborde essas questões, pois a maioria dos estudantes já passou por isso em algum momento”, aponta Lucas.