Uma nota publicada recentemente pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, apresentou dados que apontam que o uso dos cigarros eletrônicos tem se expandido entre jovens. A preocupação com esses dispositivos, também chamados de vape ou pod, vem aumentando, já que nem todos seus componentes são conhecidos. Embora o número e os níveis de substâncias tóxicas sejam menores do que do fumo do tabaco tradicional, a exposição a longo prazo ao vapor do cigarro pode causar dependência à nicotina e aumentar o risco de efeitos respiratórios e cardiovasculares.
Por isso, com o objetivo de promover a conscientização a respeito dos riscos do uso dos Dispositivos Eletrônico de Fumas (DEF) entre os jovens, o Colégio UNIFEBE promoveu uma oficina com o professor de Química da instituição Heitor Paloschi e a psicóloga Eduarda Paloschi, estabelecendo uma relação entre as duas ciências, já que estudos apontam que o uso de cigarros tradicionais entre os jovens, está associado a transtorno de déficit de atenção/hiperatividade [TDAH], transtorno desafiador de oposição e transtorno de conduta, e a outros problemas como depressão, ansiedade e transtornos por uso de substâncias.
O professor Heitor explica que verificou os produtos químicos contidos na fumaça dos DEF’s, associando-os a possíveis complicações de saúde e fazendo uma relação com a área da psicologia. “É de extrema importância abordar esse assunto com nossos alunos, pois sabemos que muitos deles fazem uso de algum desses dispositivos. Infelizmente, há uma falta de informações gigantesca sobre como eles podem ser prejudicados fazendo o uso dessas substâncias desde suas juventudes. Assim, buscamos trazer à tona algumas informações e deixá-los cientes dos riscos que a escolha de utilizar um DEF pode trazer para suas vidas a curto e a longo prazo”, salienta o professor.
De acordo com a professora Luzia Meurer de Miranda, psicóloga do Colégio UNIFEBE, as palestras evidenciam o compromisso da instituição com a educação integral dos alunos, incluindo o desenvolvimento de competências e habilidades para dialogar com fenômenos sociais como o uso dos cigarros eletrônicos. “O projeto de conscientização foi elaborado pensando no aumento do número de jovens que usam esses dispositivos, os quais têm potencial para ser altamente viciantes e provocam efeitos noviços para a saúde. Por isso, é necessário esse diálogo e essa reflexão sobre o tema com nossos estudantes”, justifica a professora Luzia.
Estudante do Terceirão, Miguel Ribeiro Machado pôde entender melhor, por meio da palestra, o funcionamento dos dispositivos e seus componentes químicos. “É importante entendermos as consequências causadas pelo uso de cigarros eletrônicos para que não tenhamos prejuízos à nossa saúde”, afirma.