“O nosso protótipo tem como função transformar a energia cinética em energia elétrica. Nós o colocaríamos ele na entrada dos estacionamentos, onde os carros passariam por cima da nossa placa de pressão”, detalha. Com a pressão, a engrenagem conectada a bobinas seria movimentada e o campo magnético gerado, proporcionando energia elétrica.
Entre os seis finalistas da edição 2023 do HackNAV estarão os integrantes da equipe Uninasa, do Colégio UNIFEBE. A decisão da competição, focada na inovação e que reúne estudantes do 9º ano, ocorre no mês de setembro, em São Paulo. Durante a decisão, as equipes recebem materiais e um tempo para a resolução de um problema estabelecido pela organização.
Descrito como uma iniciativa que incentiva a criatividade e o empreendedorismo entre os estudantes, o HackNAV tem como premiação principal uma visita e um curso de cinco dias no Space Center Houston, da Nasa, nos Estados Unidos. Para a escolha, o protótipo de cada escola foi apresentado em vídeo para a organização do evento. Os trabalhos possuem como base, os temas do Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável 2022-23 definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Unesco.
A classificação como finalista é motivo de orgulho também para o diretor do Colégio UNIFEBE, professor Leonardo Ristow. Segundo ele, esta foi a primeira participação de uma equipe do colégio na iniciativa e é motivo de orgulho saber que os estudantes estão bem preparados “É uma enorme satisfação saber que, na nossa primeira participação, já estamos entre os finalistas”, descreve.
O professor Heitor Paloschi orientou e acompanhou o processo de desenvolvimento do grupo, com reuniões semanais. “Nossa equipe se reunia todas as sextas-feiras, à tarde, para discussão e elaboração do nosso protótipo”, descreve. Ele também destaca a atuação de professores como Milton Pinotti, Igor Roik, Vivian Wildner e David Loos no desenvolvimento do projeto.
“Depois de tanto trabalho, preparação e empenho dos nossos alunos recebemos o resultado que queríamos. Fomos selecionados entre os seis finalistas e, agora, a preparação continua até a etapa final”, descreve
Energia sob pressão
Um equipamento capaz de transformar a energia da pressão, gerada pelo peso de veículos que acessam os estacionamentos, foi a base do protótipo da Uninasa. Ele é indicado pela estudante Raquel Duarte como uma alternativa para a melhoria energética.
Para se chegar ao protótipo selecionado foram necessárias alterações, testes e correções, como relata Raquel. Ela relata limitações quanto às peças do projeto e dificuldades na montagem. Ela estima ter sido necessários cerca de dois meses até refinar a proposta inicial.
“Acho que todos nós compartilhamos o mesmo sentimento de extrema felicidade de termos passado para segunda fase dessa competição e gratos às pessoas que nos ajudaram. Estamos todos muito ansiosos para irmos a São Paulo, e tentando de todas as formas possíveis nos preparar bem para quando chegarmos lá conseguirmos fazer o que a gente precisa”, projeta.