Duas estudantes do Colégio UNIFEBE estão entre as jogadoras que representam Brusque na equipe de futebol feminino nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina. As disputas ocorreram no Estádio Municipal Wilmar Ortigari, em Curitibanos e terminaram, no sábado (29), com a equipe como a quarta melhor colocada no estado na categoria.
A convocação de Cyndille Paloschi e Maria Luiza Kohler veio após atuações de destaque desde o ano passado. Ambas integravam a equipe de futsal que foi vice-campeã dos Jogos Escolares de Brusque (JEBS) de 2022, e também disputaram o Moleque Bom de Bola e 2023.
O diretor do Colégio UNIFEBE, professor Leonardo Ristow, reconhece o empenho das estudantes com o esporte e destaca o papel da equipe no incentivo à prática esportiva em diferentes modalidades. Ele exemplifica com a trajetória de muitas das atletas que disputam a Copa do Mundo de Futebol Feminino, que tiveram seus começos no futebol escolar.
“Nós, do Colégio UNIFEBE, ficamos muito satisfeitos por ter alunos sendo vistos por outras pessoas, treinadores do município, por ser uma das nossas intenções, a da prática esportiva”, descreve.
Já para o professor e técnico de ambas no Colégio, Rafael Marcuzzo Bitencourt, o Prego, salienta o papel da educação física na formação dos jovens estudantes. Na avaliação dele, a lateral esquerda Maria Luiza é uma das que apresenta potencial e espírito competitivo que costumam ser bem avaliados no desenvolvimento esportivo. Quanto à goleira Cyndille, o professor destaca o desenvolvimento que a estudante teve como goleira, uma posição indicada como de difícil formação.
“Fico muito feliz com o chamado delas e, se quiserem ser jogadoras de futebol, vou ficar muito contente, mas que elas curtam esse momento de aprendizado, de competição em outra cidade e possam aproveitar isso”.
Descobertas no futebol
A prática esportiva sempre esteve entre os interesses de Cyndille Paloschi, de 16 anos. O gosto, como ela lembra, se intensificou-se no Ensino Médio, quando começaram os preparativos para os jogos escolares. Motivada com a convocação, a estudante ressalta o incentivo recebido do professor Bitencourt no processo.
“Estou muito feliz com minhas conquistas até agora, com uma expectativa bem alta. Recebi a minha convocação no Moleque Bom de Bola de surpresa, mas extremamente contente com o convite”. Segundo ela, a possibilidade de homenagear o treinador com a participação no Estadual era um dos motivadores ao longo da disputa.
No caso de Maria Luiza, o contato mais intenso com a modalidade veio aos 13 anos. Apesar do empenho atual, as primeiras atividades físicas não foram em campo, na modalidade que a estudante admite que ninguém apostava que ela se dedicaria, mas no balé, ginástica e no vôlei.
Ainda antes da bola no pé, ela afirma ter se encontrado como torcedora. “Desde então essa é minha maior paixão e tenho como objetivo levar isso para minha vida”, descreve. “Desde cedo, treino muito e faço de tudo por esse esporte. Nunca fui a mais talentosa, mas com certeza sempre fui muito dedicada e fiz por merecer tudo que já conquistei”, descreve.
A jovem destaca o incentivo que recebe diariamente no Colégio. O ambiente, como afirma a estudante, a motiva na busca de mais meninas para participação de campeonatos escolares e no desenvolvimento de novos talentos, como o da goleira Cyndille.
A disciplina exigida no esporte também é parte da rotina necessária para manter o desempenho escolar. “Meu pai sempre pediu para que eu fosse bem na escola e estudasse bastante se quisesse ser jogadora de futebol, acho que estou correspondendo à altura do esperado, já que estou com notas ótimas e entre as quatro melhores equipes de Santa Catarina, acho que ele está bem orgulhoso”, indica.