Assinado, Mata Hari, de Yannick Murphy, revela facetas menos conhecidas da suposta espiã do início do século XX. O erotismo dos tempos de dançarina caminha ao lado das lembranças de sua vida matrimonial anterior a fama na narrativa criada pela escritora norte-americana. Passo a passo, ela mostra a transformação de Marghareta Zelle – como foi oficialmente batizada – em uma das artistas mais famosas e polêmicas dos Anos Loucos parisienses. Yannick equilibra lirismo e erotismo no retrato de um dos mais instigantes ícones do século XX. Assinado, Mata Hari é um retrato lírico e intensamente erótico de um dos mais instigantes ícones do século XX. Yannick Murphy supera os estigmas em torno da suposta espiã e com maestria revela aspectos pouco conhecidos de sua vida. A vida desta figura emblemática é uma sequência de metamorfoses digna de surpresa. De uma infância triste no litoral do Mar do Norte, passando por um casamento sem amor com um oficial da Marinha holandesa, ela emerge como uma das artistas mais requisitadas dos Anos Loucos: modelo de retratistas, amazona de circo e, finalmente, a dançarina de templo Mata Hari, vestida de véus e carregando sininhos, admirada por Diaghilev. A narrativa costurada por Yannick passeia pelas lembranças de sua vida de glamour anterior a prisão, por sua vida em família e pela fuga do casamento sem amor. Presa sob a acusação de espionagem para a Alemanha na Primeira Guerra Mundial, Marghareta Zelle – como foi oficialmente batizada – usa as lembranças de sua amada filha Non para suportar o encarceramento e o terror da morte. A malfadada Mata Hari inteligente, culta e incuravelmente romântica, é ao mesmo tempo uma mulher real e reflete os sonhos comuns a todas as pessoas. Suas várias transformações tornam a dúvida sobre seu papel como espiã ainda mais evidente e fazem o retrato pintando por de Yannick Murphy ser ainda mais tocante e misterioso.
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